Ondas só pra quem sabe!

Ondas gigantes dão o que falar.

Carlos Burle – Canhão de Nazaré,Litoral Norte em Portugal.

As ondas gigantes que ocorrem no litoral norte de Portugal, na cidade de Nazaré, deram o que falar por aqui e por lá. Dois surfistas brasileiros se aventuraram no litoral lusitano: Carlos Burle e Maya Gabeira. No entanto, a surfista brasileira sofreu um acidente em que fraturou o tornozelo, necessitando ser ressuscitada na areia da praia.  A Praia do Norte, na cidade de Nazaré, apresenta constantemente ondas significativamente maiores do que o restante da costa portuguesa por conta do Canhão de Nazaré, que é o maior desfiladeiro submerso da Europa com extensão de cerca de 200 quilômetros. A Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FPNS) sinaliza que a prática de surf em ondas gigantes obriga o reforço de medidas de segurança.  Apesar do salvamento ter sido eficiente, é necessário contar com equipamentos específicos em terra e na água.

Para aventureiros de plantão, que curtem um dia de surf – todo cuidado é pouco.

Agora, algumas ondas gigantes que fizeram a cabeça de surfistas pelo mundo.

Havaí

Chile – Punta docas.

Tipos de arrebentação de ondas

Ao aproximar-se da costa, as ondas quebram na zona de arrebentação, gerando grande turbulência e correntes. A arrebentação das ondas é caracterizada em três tipos: mergulhante ou tubular, deslizante e ascendente. A maneira como a onda vai arrebentar depende do gradiente do fundo marinho e da geometria da onda.   Tipos de Arrebentação » Arrebentação tipo mergulhante ou tubular A onda quebra abrupta e violentamente, formando um tubo que desaba na quebra. Em praias intermediárias, de inclinação moderada, as ondas quebram como um caixote, muito próximas da linha d´água, formando um tubo que se fecha abruptamente, gerando grande turbulência. As ondas do tipo tubular oferecem um impacto muito forte a quem o recebe e, mesmo ocorrendo na beira d´água, são perigosas principalmente para crianças e idosos. Banhistas desavisados também podem ser surpreendidos pela violência do impacto e serem derrubados. » Arrebentação tipo deslizante A onda começa a quebrar relativamente longe da beira da praia, de um modo suave como se espraiando pela água, formando um longo rastro de espuma. Em praias rasas, pouco inclinadas, as ondas começam a quebrar a uma grande distância da linha d´água, como que deslizando sobre a água, motivo pelo qual são chamadas de deslizantes. As ondas deslizantes aumentam em periculosidade quanto mais altas forem. » Arrebentação tipo ascendente Ocorre em praias de declividade tão alta que a onda não chega a quebrar propriamente, ascendendo sobre a face praial e interagindo com o refluxo das ondas anteriores. » A influencia do vento no tipo de quebra de onda O vento é um fator que influencia diretamente no tipo de quebra que a onda vai ter na arrebentação. A influencia dos ventos direcionados da terra para o mar (vento terral) sobre as ondas na arrebentação, favorecem a formação de ondas tipo mergulhante enquanto ventos na direção oposta (vento maral) favorecem a quebra de ondas tipo deslizante . Isto ocorre até um determinado nível de intensidade do vento. Quando acontece a mudança deste padrão para ventos muito fortes, os ventos terrais causam o retardamento da quebra de crista da onda e o tipo de quebra passa a ser deslizante. Já ventos muito fortes provenientes do mar resultam na aceleração da quebra da crista, resultando assim em ondas mergulhantes. Durante um ciclo de 24 horas, vão ocorrrer alterações nos ventos locais de uma região devido à alterações de temperatura entre continente e o oceano. Estes ventos são denominados como brisa marinha e terrestre. A formação destas brisas é devida à perda mais rápida de temperatura no continente durante a noite do que no oceano, ocorrendo pela manha, ventos da terra (mais frio) para o mar (mais quente), ou seja, brisa terral. Durante o decorrer do dia o continente vai absorver energia térmica mais rapidamente que o oceano, e ao final do dia a diferença de temperatura vai gerar ventos do mar para a terra, brisa marinha. Estas alterações na direção do vento vão influenciar no tipo de quebra das ondas no decorrer do dia. Ao(s) ponto(s) de quebra comumente associa-se a ocorrência de um banco arenoso, seguido por uma cava. Por armazenarem grandes volumes de sedimento, os bancos arenosos desempenham importante papel no balanço de sedimentos dos sistemas praiais e também na determinação do espectro energético que alcança a face praial, uma vez que são responsáveis pela dissipação de uma parte considerável da energia de ondas incidentes. Nas praias em que ocorrem, os bancos atuam como tampões, minimizando uma potencial erosão costeira.

VOCÊ ADQUIRIU O REMO CORRETO ?

Dicas Iniciais para aquisição de um remo.

Nesta introdução ao remo de stand up paddle gostariamos de colocar algumas ponderações importantes sobre este equipamento que diferencia a modalidade do surf clássico. Assim,
 importante salientar as diferença básicas e ponderações na escolha entre um remo
stand up paddle comum (cabo de alumínio) e um remo stand up paddle profissional (fibra de carbono). 

1 - O peso - um remo de stand up paddle
comum geralmente é composto de alumínio
e plástico, motivo pelo qual pesa mais que
um remo de fibra de carbono. Dessa forma,
 se um remo de stand up paddle de fibra de
 carbono pesa cerca de meio kilo, os remos
de alumínio pesam um pouco mais700GR.
 Na prática esta diferença prevalece em
longas remadas e competições, uma vez
que o praticante amador busca, além do divertimento, o condicionamento físico,
casos em que o maior peso até favorece
a finalidade citada.

2 - A resistência - não é preciso tecer comentários sobre a diferença da resistência de um remo de stand up paddle de alumínio e de um de fibra de carbono. Contudo, vale lembrar que apenas os esportistas mais experientes utilizam a totalidade da resistência do remo stand up paddle. Isso ocorrem em ondas grande e em remadas de alta performance. SUP'ers amadores não necessitam do referido diferencial, podendo adquirir remos mais baratos sem perder muita qualidade.

3 - O preço - Daí parte a nossa teoria, ou filosofia, na qual a relação custo benefício é preponderante. Os remos de stand up paddle de fibra de carbono e de madeira são extremamente caros, sendo que os valores de mercado estão entre R$ 800,00 a R$ 2.000,000 EM MEDIA  para os de fibra de carbono; e de R$ 400,00 a R$ 800,00 para os de madeira. Já os remos de alumínio são encontrados no mercado com preços que ficam entre R$ 150,00 a R$ 300,00.

Muito importante destacar, por seu um mercado inciante, embora muito crescente no Brasil, que existe uma grande quantidade de pessoas que estão produzindo produtos para o stand up paddle, mas nem sempre estas possuem a tecnologia necessária para a confecção de tais produtos. Dessa forma, é possível encontrar, tanto remos de madeira, alumínio e fibra de carbono e ótima e de baixa qualidade. Assim, a dica é adquirir de empresas que possuem tradição na modalidade, ou de empresa que você já conheça a qualidade do produto, pois estar a pouco tempo no mercado não significa necessariamente baixa qualidade do produto.

4 - Local da prática - aí vai uma dica que poucos falam. Mas os remos de fibra de carbono, extremamente resistentes, são muito frágeis ao mesmo tempo. Explico. A resistência de tração, pressão no cabo do remo efetuada na remada é extremamente alta em materiais de carbono. Contudo, os remos de fibra de carbono são extremamente frágeis a impactos em superfícies duras, tais como pedras, madeiras e metais, materiais que são muito encontrados em remadas.

5 - Experiência do Praticante - É determinante na aquisição do remo de stand up paddle, pois remos de fibra de carbono, pela fragilidade a impactos citada anteriormente, não são aconselháveis para iniciantes. É muito comum o praticante iniciante no stand up paddle bater o seu remo na prancha, ou utilizar o remo de apoio em superfícies sólidas para não cair, motivo pelo qual se deve levar em consideração a experiência do praticante.

Resumindo, pensamos que a melhor relação custo benefício para quem vai começar na modalidade é a aquisição de um remo stand up paddle de boa qualidade, confeccionado em alumínio (entenda-se cabo de alumínio), eu, particularmente, possuo remos de todos os materiais, e não sinto grande diferença entre eles, a não ser as citadas deste artigo.

Agora, se o seu problema não é preço, então opte diretamente por um remo stand up de fibra de carbono, pois mais leve.

Tipos de remos para Stand Up Padle

Os remos de stand up paddle surf, supsurf, variam de acordo com o tipo de remada do praticante. As variações podem ser quando ao material de composição e quanto a forma.

Com relação ao material, encontramos remos de stand up paddle feitos de madeira, fibra de vidro, fibra de carbono, plásticos injetados, cada qual com suas características específicas. Também podemos incluir neste grupo os remos de kevlar, que estão um pouco abaixo das características dos remos de fibra de carbono.

Os remos mais utilizados no stand up paddle surf, supsurf, são os remos de fibra de carbono, levíssimos e muito resistentes ao contato com a água. Contudo, são os mais caros, também apresentando problemas quando entram em contato com fundos de pedras, pois a sua resistência limita-se ao contato com a água.

No exemplo ao lado temos um remo de stand up paddle de feito de plástico injetado, possuindo um custo benefício interessante, contudo, não apresentando as mesmas características de resistência encontradas nos remos de madeira e de fibra de carbono, contudo, os remos de plástico são mais resistentes aos impactos em superfícies duras, tais como pedras e metais.

Muito interessante é observar a curvatura do remo de stand up paddle surf, supsurf, essa característica que o diferencia dos remos de canoa é fundamental para a prática do esporte.

Os remos de stand up paddle possuem uma curvatura, um ángulo entre a pá e o cabo, com cerca de 15 graus. Referida anatomia permite ao praticante de stand up paddle uma remada mais longa e um melhor aproveitamento do remo na água.

Na figura ao lado temo um remo de madeira, cuja resistência não é tão diferenciada assim como seu peso. Contudo, o glamour do remo de madeira é incomparável, pois nos remete as remadas dos polinésios e havaianos.

Enfim, na hora de adquirir o seu remo de stand up paddle pense na sua finalidade. Conheço pessoas que possuem remos de madeira para guardar dentro de casa como adorno depois das remadas. Já algumas preferem o remo de alumínio e polipropileno por possuirem uma excelente relação custo benefício. Ou ainda, para os mais exigentes, que procuram materiais de alta performance, o remo de stand up paddle de fibra de carbono é um excelente opção.

Tamanhos de remos para Stand Up Padle

Temos recebido vários contatos solicitando informações sobre qual o tamanho ideal de remos de stand up paddle. A informação comum apresentada por sites pelo mundo a fora é que o remo de stand up paddle deve ser 15 cm maior que o praticante. Esta é uma solução simplista, mas que resolve em grande parte o problema com relação a dúvida apresentada.

Contudo, o referido entendimento comum apresentado não leva em consideração a proporcionalidade da estatura do praticante. Com efeito, para um praticante de 1,55 metros (pequena estatura), 15 centimetros representa 10% de sua altura. Já, para um praticante com 2,00 metros (grande estatura), os 15cm recomendados representariam 7,5% de seu tamanho. Pode não parecer muito, mas 2,5% de 2,00 metros representam 5 centimetros.

Dessa forma, sugerimos um cálculo: altura x 1,12 = tamanho do remo. Ficou grande? Corte mais um pedacinho.

Inobstante o preciosismo apresentado, acrescentamos que os remos seguem finalidades diferentes, ora para remadas em águas lisas, ora para remadas em águas com ondas, com a finalidade de pegá-las, modalidade mais conhecida como stand up paddle surf.

Perigos: importante lembrar que o remo muito pequeno força o praticante a buscar a remada com a inclinação do corpo para frente, flexão da coluna, o que é muito prejudicial à saúde, sendo que o remo deve alcançar a água mediante um pequeno agachamento do praticante. Não menos importante lembrar que o remo muito grande pode provocar lesões no ombro do praticante (em casos de alta performance).